Gestão Estratégica nos EUA: por que o fator humano define o sucesso no mercado mais competitivo do mundo

lucamor

Em um país onde mais de 33 milhões de pequenos negócios movimentam a economia, segundo a Small Business Administration, e mais de 10 milhões de cargos permanecem abertos mesmo após a pandemia, a gestão estratégica de pessoas se tornou um diferencial competitivo inegociável para empresas que desejam crescer nos Estados Unidos.

André Brito, que migrou para o país após mais de uma década atuando no topo do jornalismo político e empresarial brasileiro, aposta em uma abordagem centrada no ser humano. “Nos EUA, o desafio não é só contratar. É engajar, integrar e fazer com que cada talento se sinta parte de algo maior”, explica.

Estudos recentes da McKinsey & Company mostram que empresas que investem em gestão estratégica de talentos têm 2,2 vezes mais chances de superar suas metas financeiras. Aquelas que ignoram esse fator, por outro lado, tendem a enfrentar altos índices de rotatividade, algo que custa em média até 213% do salário anual de um colaborador qualificado, segundo a Center for American Progress.

A proposta de Brito é clara, ajudar empresários brasileiros nos EUA a estruturarem um modelo de gestão que una performance com empatia, planejamento com propósito. “Não basta replicar fórmulas do Brasil. É preciso entender o mindset americano, adaptar-se às leis trabalhistas locais e, principalmente, construir um ambiente onde as pessoas queiram ficar e crescer com a empresa”, destaca.

Esse novo olhar sobre a gestão estratégica também exige que líderes compreendam o papel da tecnologia sem abrir mão da sensibilidade humana. Ferramentas como People Analytics, avaliações 360° e plataformas de onboarding digital são poderosos aliados — mas só funcionam quando inseridas em uma cultura que valoriza a escuta ativa, o feedback contínuo e o reconhecimento real. “Não se trata apenas de medir desempenho, e sim de entender o que motiva cada colaborador. Isso é ainda mais importante em equipes multiculturais, como as que encontramos em boa parte das pequenas empresas nos EUA”, reforça Brito.

Outro ponto crítico é a criação de processos claros e escaláveis. A ausência de estrutura organizacional é um dos principais motivos pelos quais muitas pequenas empresas fracassam nos EUA, 45% delas encerram as atividades nos primeiros cinco anos, segundo dados do Bureau of Labor Statistics. André Brito defende que a gestão estratégica deve começar antes mesmo da contratação, com definição de cultura, missão e objetivos, além de planos de desenvolvimento individual. “Você precisa preparar a empresa para crescer antes que o crescimento aconteça, ou vai se perder no caminho”, afirma.

Para empreendedores brasileiros que desejam se destacar no mercado americano, Brito oferece não apenas consultoria, mas também capacitação personalizada, com foco na realidade do imigrante. “Cada empresa tem uma identidade e cada time tem uma alma. A minha missão aqui é ajudar a conectá-las de forma estratégica. Quando a gestão é feita com propósito, os resultados vêm naturalmente,  tanto nos números quanto no ambiente”, conclui.

Sobre André Brito

André Luiz Butinhão Brito é jornalista, empreendedor e especialista em comunicação estratégica. Atuou por mais de uma década como editor do portal Diário do Poder e coautor da premiada Coluna Cláudio Humberto, com foco em política, economia e bastidores do poder. No setor privado, é cofundador e diretor financeiro da Rota DF, agência de viagens especializada em experiências personalizadas para clientes de alto perfil. Atualmente, reside nos Estados Unidos, onde lidera um projeto voltado à gestão de talentos, desenvolvimento humano e cultura organizacional, com foco especial em empreendedores e profissionais brasileiros em transição internacional.

Share this Article